27 de outubro de 2014

"HÁ OS QUE SE SENTAM E CHORAM. E HÁ OS QUE SE LEVANTAM E FAZEM" (DeROSE)


A eleição acabou, e sem falsas ilusões, vamos aprender com tudo isso e nos preparar para as eleições municipais, tão ou mais importantes do que essa. Afinal, é no município onde as coisas acontecem, é onde moramos, nos deslocamos, vamos no médico, trabalhamos, estudamos, tentamos prosperar e ser felizes. 

Por exemplo, o Bolsa Família é dinheiro federal que cai direto na conta do beneficiário, mas você sabe que é o prefeito quem cuida do cadastro de quem deve ou não receber? Quem deve fiscalizar se as pessoas têm direito, se estão trabalhando, se qualificando, deixando as crianças na escola e vacinando-as, é o prefeito. Você discorda do Bolsa Família? Então que tal ajudar a fiscalizar? Google it! Ou você acha que não é consigo? É assim também com a merenda das crianças, a saúde pública, o transporte... 

Do total de eleitores, 26% não votaram, anularam ou votaram em branco, 38% votaram na continuidade e 36% na mudança. Isso significa, mais ou menos que para 1/4 da população não importa quem governe, pouco mais de 1/3 não gosta de quem vai governar e pouco mais de outro 1/3 apoia o atual/futuro governo.

Coincidentemente, os Estados que recebem mais recursos do que pagam ao Governo Federal votaram na continuidade; os que pagam mais do que recebem prefeririam a mudança. Clara discordância com a política de distribuição de renda.

Mas como diz minha amada Lucila Silva, “é o que temos para hoje”. Então este é o momento de a sociedade acordar, parar de reclamar e começar a exigir resultados. Quero ver se quem defendeu o PT vai cobrar a implementação das propostas externadas na campanha.

Mas quero ver mesmo se quem é radicalmente contra vai se comportar como "bem feito, votaram nela, agora não quero saber". Oposição não é só reclamar, é exigir, acompanhar, monitorar de perto. Senão fica fácil não fazer nada pra depois dizer "eu avisei" com a passiva cara-de-pau do procrastinador.

Sabemos o que tem de ser feito, agora chega de corpo mole. Informe-se. E o grupo do “tanto faz”? Esses seguem sendo levados pela correnteza, mas reclamando, claro.

9 de outubro de 2014

Fiscalize seus funcionários: Deputados e Senadores.

A eleição acabou e tivemos uma razoável renovação: em SC, 16 dos 40 Deputados Estaduais são novos. Na Câmara Federal, 5 dos 16 catarinenses são novos, e temos ainda 1 novo Senador. 

Votar é como assinar uma procuração total, uma carta branca para que alguém fale por você. Você daria uma procuração a alguém e depois esqueceria e não acompanharia o resultado?

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/299511/

Então é hora de aproveitar a memória fresca e escolher quais políticos - eleitos ou não por você - precisam ser acompanhados e fiscalizados. É fácil, basta 1h a menos por semana passeando no Facebook para exercitar o Controle Social. Eu já escolhi os meus! Seguem algumas sugestões simples:

- Pesquise no Google, nos sites das Assembleias, Câmara, Senado o que eles fazem no dia-a-dia;
- Registre-se no site do político para receber notícias do que ele faz;
- Controle a presença nos debates e votações - afinal, quem é o chefe?
- Acompanhe os projetos apresentados, mande e-mails, sugira, questione, dê bronca!
- Envie sua posição antes de algum debate ou votação polêmica, e depois cobre a posição nas votações;
- Acompanhe os gastos com combustíveis, assessores, aluguel de carros e outros brinquedinhos a que eles têm acesso por serem nossos "representantes";
- Se achar qualquer coisa estranha, denuncie nos sites do TCU, MPF, PF. Não sabe o que é isso? Google it!

Lembre-se: se você esquecer do seu político, ele também esquecerá de você.
E depois não adianta reclamar...



INFORMAÇÃO É PODER!

Confira a lista dos 16 Deputados Federais eleitos por SC. Aqui a renovação foi só de 5, os outros 11 se reelegeram:
•    Esperidião Amin (PP) - 229.668 votos (6,80%)
•    João Rodrigues (PSD) - 221.409 votos (6,56%)
•    Mauro Mariani (PMDB) - 195.942 votos (5,8%)
•    Jorginho Mello (PR) - 140.839 votos (4,17%)
•    Peninha (PMDB) - 137.784 votos (4,08%)
•    Pedro Uczai (PT) - 135.439 votos (4,01%)
•    Marco Tebaldi (PSDB) - 135.042 votos (4%)
•    João Paulo Kleinubing (PSD) - 132.349 votos (3,92%)
•    Jorge Boeira (PP) - 123.770 votos (3,67%)
•    Valdir Colatto (PMDB) - 115.431 votos (3,42%)
•    Décio Lima (PT) - 112.366 votos (3,33%)
•    Cesar Souza (PSD) - 110.777 votos (3,28%)
•    Celso Maldaner (PMDB) - 110.436 votos (3,27%)
•    Ronaldo Benedet (PMDB) - 105.303 votos (3,12%)
•    Carmen Zanotto (PPS) - 78.607 votos (2,33%)
•    Geovânia de Sá (PSDB) - 52.753 votos (1,56%)

Confira a lista dos 40 Deputados Estaduais eleitos, dos quais 16 são novatos:
•    Gelson Merisio (PSD) - 119.280 votos
•    José Nei Ascari (PSD) - 72.790 votos
•    Ismael dos Santos (PSD) - 66.818 votos
•    Milton Hobus (PSD) - (66.271 votos)
•    Valdir Cobalchini (PMDB): 62.865 votos
•    Aldo Schneider (PMDB) - 58.646 votos
•    Gean Loureiro (PMDB) - 58.239 votos
•    Jean Kuhlmann (PSD) - 56.468 votos
•    De Nadal (PMDB) - 54.110 votos
•    Darci de Matos (PSD) - 53.321 votos
•    Serafim Venzon (PSDB) - 50.232 votos
•    Zé Milton (PP) - 49.489 votos
•    Chiodini (PMDB) - 49.233 votos
•    Marcos Vieira (PSDB) - 48.287 votos
•    Ada de Luca - (PMDB) - 47.813 votos
•    Luciane Carminatti (PT) -  45.248 votos
•    Parisotto (DEM) - 44.365 votos
•    Kennedy Nunes (PSD) - 44.019 votos
•    Leonel Pavan (PSDB) - 43.470 votos
•    Titon (PMDB) - 42.264 votos
•    Dr. Vicente (PSDB) - 41.089 votos
•    Sílvio Dreveck (pp) - 40.518 votos
•    Antonio Aguiar (PMDB) - 39.714 votos
•    Moacir Sopelsa (PMDB) - 39.041 votos
•    Neodi Saretta (PT) - 37.977 votos
•    Ana Paula (PT) - 36.893 votos
•    Mauricio Eskudlark (PSD) - 36.280 votos
•    Gabriel Ribeiro (PSD) - 36.187 votos
•    Dirce Heiderscheidt (PMDB) - 35.997 votos
•    João Amin (PP) - 34.666 votos
•    Padre Pedro (PT) - 33.732 votos
•    Dirceu Dresch (PT) - 33.220 votos
•    Valmir Comin (PP) - 32.730 votos
•    Ricardo Guidi (PPS) - 31.704 votos
•    Mário Marcondes (PR) - 27.627 votos
•    Rodrigo Minotto (PDT) - 26.929 votos
•    Natalino Lazare (PR) - 20.932 votos
•    Patrício Destro (PSB) -  19.392 votos
•    Valduga (PC do B) - 18.244 votos
•    Salvaro (PSB) - 14.986 votos

Fonte: http://kuinzytao.wordpress.com/2013/06/25/uma-procuracao-em-branco-que-custa-as-nossas-esperancas/

20 de setembro de 2014

NÃO PERGUNTE, DESCUBRA.

AXIOMA DO SUCESSO
Ao longo do dia, você costuma perguntar muitas coisas aos outros? Colegas de trabalho, amigos, esposa, marido...
Não tem certeza? Pense em termos como Quem, Por que, Quando, Onde, Qual, Como. – normalmente seguidos por uma questão e fechadas com uma interrogação. Você os usa com frequência?
Minha experiência de vida – vasta em responder aos outros por todos os meios possíveis – já me levou a algumas observações sobre esse fenômeno comportamental. Certa vez coloquei ao lado de minha mesa: "Pergunta: R$ 10. Depósito em conta." Trauma? Apenas constatações.
Perguntar ofende! Descobrir impressiona.
Perguntar ocupa o tempo dos outros para resolver seus problemas, enquanto descobrir ocupa o seu tempo. É mais educado e menos invasivo.
Perguntar interrompe o foco do outro, descobrir aumenta o seu foco.
Perguntando se obtém a resposta rápida, pesquisando alcança-se a resposta correta.
Perguntar acomoda e causa dependência, descobrir instiga e obriga a evoluir.
Perguntar é depender da opinião dos outros. Descobrir constrói seus próprios princípios.
Perguntar dá ao outro o poder de decidir por você. Descobrir eleva o poder das suas escolhas.
Perguntar traz sempre uma resposta parcial e interpretada. Pesquisar é conhecer o todo por sua própria ótica.
Perguntar retarda o espírito. Descobrir o liberta.
Perguntar é copiar. Descobrir é co-criar.
Perguntar fragiliza o caráter e as emoções. Descobrir fortalece a disciplina e a vontade.
Perguntar é esmagar a criatividade antes que ela surja. Descobrir amplia seu potencial.
Perguntando se pode deixar enganar. Descobrindo, você escolhe.
Perguntar é dar ao outro o poder de decidir por você. Descobrir traz o poder para si.
Perguntar é crer no outro, procurar é o saber direto da fonte.
Perguntar é limitar-se. Descobrir é infinito!
Perguntar é crer. Descobrir é saber.
Este post pode durar para sempre...
Por quê? Boa descoberta.


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Imagens:
http://www.clker.com/clipart-3593.html
http://www.metaphonica.com/2012/07/mind-insight/


28 de julho de 2014

O limite de interesse da visão

É claro que a elite branca (na qual obviamente me incluo), politicamente culta mas socialmente ignorante, não está satisfeita com o governo nem com as cotas, que tiram dos filhos ricos a moleza da universidade gratuita depois do colégio particular e do cursinho. 

Mas se conseguíssemos olhar um pouco mais além dos nossos umbigos, da alta carga tributária sobre nossas empresas particulares (de todos os tamanhos) ou sobre nossos salários de classe média, veríamos que, bem lá longe, afastados do nosso mundinho mágico de crédito, consumo e muita reclamação, estão aqueles para quem receber 70 míseros reais a mais por mês faz toda a diferença.

Você também acha que programas públicos de redistribuição de renda e universalização da educação são apenas objetos de manipulação política? E são mesmo! Manipulação de longo prazo, para empoderar o cidadão a participar e estudar mais, e quem sabe um dia assumir a responsabilidade sobre sua própria vida e seu próprio País.

O IDH do Brasil em 2013 subiu 36,4% em relação a 1980. Naquele ano, a expectativa de vida era de 62,7 anos, hoje é de quase 74 anos. Tínhamos 2,6 anos de escolaridade média, hoje temos 7,2 de média de estudo, Em 1997, apenas 2,2% de negros e mestiços (18 a 24 anos) frequentavam universidades. Em 2012, eram 11%. "O Brasil é um dos países que mais evoluíram no desenvolvimento humano nos últimos 30 anos", disse o representante do Pnud no Brasil, Jorge Chediek. Ele destacou que as mudanças são estruturais e têm ocorrido em todos os governos."


Até porque o Bolsa Família não é desse governo. Então qual a diferença agora? Priorização dos Programas Sociais: para receber o BF tem de manter as crianças na escola e fazer cursos de qualificação. Mas ainda há quem diga que os beneficiários do BF ficam preguiçosos e não querem trabalhar (!), que se acostumam a depender do Estado. Queríamos o que, se dependem da bondade do rei há 500 anos!

Hipocrisia! Se lhe oferecessem seu salário integral podendo ficar em casa, você mesmo assim iria trabalhar? Por quanto tempo? E se além disso morasse no quinto dos infernos, tivesse de pegar 2 ônibus, um metrô absurdo e levar 2h para ir e outras 2h para voltar do trabalho? Pobres coitados quase moribundos transitam aos milhares pelas metrópoles tentando ganhar algum trocado, enquanto nós gastamos 70 reais em um almoço e ainda reclamamos que outros recebem essa merreca por mês "mesmo sem fazer nada". Malandros somos nozes...

Há muito de podre em nosso reinado atual, mas admitamos (se conseguirmos ver tão longe) que a periferia nunca esteve tão feliz.
Estão iludidos? Claro! Tanto quanto quem não os consegue ver, preocupados com as contas da TV a cabo e a prestação do carro novo.

Se for mudar, que seja pra melhor, afinal, a única realidade que realmente existe é o agora... agora... agora... agora... agora...