A MORALIDADE é uma das pedras fundamentais em nossa República Democrática Constitucional. Prevista no artigo 37 da Carta Magna, este princípio de conduta social fica atrás apenas da Legalidade e da Impessoalidade, entremeando-se com outros dois para formarem os 5 pilares de nosso Estado Laico: a Publicidade (hoje Transparência, muito mais amplo) e a Eficiência (leia-se eficácia com economicidade).
Mas tamanha é a crise moral-institucional-representativa por que passamos, que nem se fala mais nisso! O futuro-possível-quem-sabe-presidente já cogita nomear dentre seus ministros pelo menos 3 investigados! O repórter pergunta "mas vossa excelência [sim, um exemplo de excelência!] não acha que deveria ouvir a voz das ruas e aproveitar para limpar o governo, caso assuma?" e com o habitual rosto-de-madeira, ouve-se, com palavras oblíquas e dissimuladas, como os olhos de Capitu: "mas coitadinhos, eles são inocentes até que se prove o contrário. E são tão bons no que fazem..."
Foto: http://retrotv.uol.com.br/desenhos/pinoquio
Mas em se tratando de uma PESSOA PÚBLICA, que ocupa cargo público, pago com dinheiro público, seja ele eleito diretamente pelo povo ou por este nomeado, não seria razoável pensar que, embora LEGAL, porquanto presumidamente inocente, a nomeação de um ministro já em investigação não é MORAL?
Mais do que isso, é pela MORALIDADE que deve se pautar o representante eleito em toda e qualquer ação que faça no exercício de seu mandato! O cargo de um ministro requer REPUTAÇÃO ILIBADA, Sr. Vice, sabe o que é isso?
Isso não é óbvio?!? Está na hora de cobrarmos moralidade desses caras! Em ano de eleição é nossa grande - e única - chance! Pesquise a reputação do seu candidato, é fácil, google o nome dele e se achar processoS, assim, no plural, não tenha dúvidas! Se for um só vale ponderar, mas no plural não!
Moralidade dá pra entender também como vergonha na cara! Mas parece que só temos a Temer pelo nosso futuro próximo (trocadilho óbvio), parece que a cara ou tem vergonha ou é de pau.
Então só nos resta confiar na toga: taca-lhe pau, Zavascki e Moro!