26 de março de 2011

Para onde você está indo? Onde quer chegar?

Durante o DeRose Pró - Tático, encontro de profissionais do Método DeRose realizado em Curitiba nos dias 25 a 27 de março de 2011, tratamos de muitos aspectos necessários para o sucesso na nossa profissão.

Mas em todos eles há sempre certos pontos em comum, como alicerces que dão sustentação aos bons resultados, como a disciplina, constância e autossuperação (tapas), a ética (ahimsá, satya, astêya...) o bháva (intenção), e a mentalização (chaittanya) clara e objetiva daquilo que se deseja ver realizado no plano da matéria.

Este último assunto veio à tona em diversos momentos ao longo do evento, seja de forma direta ou nas entrelinhas dos cases apresentados. Afinal, um bom time com um mau técnico não ganha o jogo e um bom técnico com um mau time também não ganha o jogo. Mas um bom time com um bom técnico também não ganha o jogo, se não souber exatamente por que ou para que está jogando, qual a missão, os objetivos, a meta!

Relembremos então este post publicado em 9 de janeiro de 2011, que nos conta uma história muito interessante. Talvez você também se lembre de fatos similares que lhe tenham ocorrido ao longo dessa jornada da vida, e que nos fazem repensar para onde estamos indo ou para onde realmente desejamos direcionar nossas existências.

Um abraço.

DeBona

------------

Mentalize a coisa certa, do jeito certo

Este artigo foi escrito para publicação no livro Mentalização - o poder de transformar a realidade, do Instrutor Carlo Mea, Diretor da Unidade Parioli (Roma - Itália), Escola Credenciada do Método DeRose.

O livro está em fase final de revisão para publicação em breve, e a publicação antecipada deste trecho é também uma homenagem ao meu amigo Carlo, grande guerreiro do SwáSthya!!

Espero que gostem da leitura e aproveitem a mensagem.

---

Professor Rodrigo De Bona é Vice-Presidente da Federação do Método DeRose de Santa Catarina (Brasil), autor de três livros de sucesso e director da Unidade Kobrasol, no mesmo Estado.
Um dia, depois de um período prolongado de obras na sua Unidade, viu-se em dificuldades económicas. Durante um círculo de mentalização (sat chakra) muito poderoso, feito exclusivamente entre os instrutores na sede da sua Federação, mentalizou muito dinheiro se lhe chegando. Imaginou que notas de 100 Reais lhe choviam em cima, muitas e muitas notas a voar em torno de si.
Terminada a prática de mentalização, saiu com os instrutores para jantar em um restaurante próximo. Estacionou seu carro do outro lado da rua e, ao atravessar, viu uma carteira no meio da via, e não era uma marca qualquer, era uma Montblanc! Abriu a carteira e estava cheia de notas de 100 Reais, além de muitos cartões de crédito!
Obviamente, com base no tão especial código de ética da nossa proposta cultural, Professor Rodrigo decidiu imediatamente devolver a carteira ao dono. Abriu-a e achou um documento de mergulhador com foto. Foi-se então à procura do dono: entrou em um café que estava em frente, buscando dentre os clientes sorridentes aquele rosto estático de uma foto 3x4, mas não o encontrou. Chamou um garçom para pedir ajuda, o qual, não tendo também localizado a pessoa dentre os comensais, saiu com ele do estabelecimento para despedirem-se.
Nesse instante, eis que o garçom, ao olhar para o meio da rua, vislumbrou uma nota de 100 Reais a esvoaçar rente ao chão. Depois outra e mais outra ainda. Eram várias, espalhadas pela rua a revoar com o vento em um redemoinho monetário tentador! Foram ao encontro delas para recolhê-las, o garçom pegou uma nas mãos com todo cuidado, pois aquilo era para ele talvez o equivalente a uma semana inteira de trabalho. Mas, rigoroso com seus princípios, Rodrigo lhe pediu de volta a nota e colocou-a na carteira, dizendo que iria devolver todas, juntamente com os documentos, tal qual encontrou.
Na carteira havia alguns cartões de visitas do proprietário, que era dono de uma empresa de táxi aéreo, lojas de automóveis etc. Assim, telefonou na mesma hora para o dono do achado, que estava em casa e, estupefato, informou ainda nem sequer ter-se dado conta de que havia perdido seus pertences. Ele passara de moto naquela rua minutos antes e a carteira caíra do bolso de sua jaqueta, espalhando o dinheiro pela rua ao longo de dezenas de metros. Imediatamente combinaram de se encontrar no caminho para casa e, menos de 10 minutos depois, o empresário já estava com todos os seus cartões intactos, sua bela carteira Montblanc e cada uma de suas notas de 100 Reais devidamente organizada.
Naquele momento, Rodrigo titubeou, disse que se arrependera de não ter deixado pelo menos uma das notas com o garçom, pois ela não faria nenhuma falta ao rico homem de negócios, mesmo assim, no momento de decisão, fez a escolha que achava mais justa. O homem ainda tentou oferecer-lhe todo o dinheiro achado, pois o que lhe interessava eram os cartões e também a rara carteira negra. Obviamente a oferta não foi aceita, pois não parecia justa. Trocaram seus cartões de contatos e foram-se para casa: um, feliz por ter achado aquilo que nem o sabia perdido, outro por ter feito aquilo que sua consciência considerava obviamente o correto: devolver ao dono o que lhe é de direito, já que todo aquele dinheiro não era seu.
Hoje em dia, a Unidade Kobrasol está reformada, ainda maior, mais bonita e tem uma óptima estabilidade económica. Rodrigo fez questão de comprar sua prórpia carteira Montblanc, como forma de lembrar-se da justa busca pelo sucesso vista naquele empresário desatento, mas também da ética que deve sempre permear nossa vida.
Mas o mais importante que esta história nos ensina é que não basta mentalizar o que se quer, é preciso fazê-lo com absoluta riqueza de detalhes, em todas as suas nuances. Não adianta apenas imaginar que apareçam notas de 100 a lhe chover em cima, é preciso mentalizar que todas elas sejam realmente suas! Mentalize você recebendo-as em mãos, veja-se segurando e guardando-as com a consciência tranquila de que você fez tudo o que devia e merece ter aquele dinheiro.
É exatamente o que nos ensina nosso Mestre DeRose desde a década de 1960 (Prontuário de Yôga Antigo, edição histórica só para colecionadores):
“Jamais imaginar o que não se deseja ver realizado. O pensamento negativo é mais poderoso do que o positivo, porque o ser humano está educado e condicionado no sentido de utilizá-lo mais. “
“Visualizar somente o que se quer ver realizado e fazê-lo com nitidez e objetividade quase concreta, nos seus mínimos detalhes e minúcias, durante o máximo possível de horas ao dia e todos os dias, ininterrupta, incansável e entusiasticamente, até obter sua cristalização no plano da matéria física.”
“Mentalizar é criar no plano mental o que queremos ver precipitado no nosso mundo individual.”

4 comentários:

  1. Adorei o texto!
    Beijos com carinho,
    Juliane Dias
    Unidade Joinville

    ResponderExcluir
  2. Legal essa história né? Absolutamente real, e com testemunhas, hehe.
    Foi incrível!!
    Beijo do Rô.

    ResponderExcluir
  3. Leandro Luís Rodrigues14 de janeiro de 2011 às 15:31

    O relato é fantástico! Poucos na atualidade agiriam com tamanha ética, e isto é louvável. Faz-me olhá-lo com mais carinho e, acima de tudo, mais respeito.
    E quando Carlo Mea compartilha que não basta apenas mentalizarmos o que queremos, mas precisamos fazê-lo com riqueza de detalhes e com a consciência tranquila; lembro de minha mãe, que na sua simplicidade me dizia: "Filho, cuidado com o que você deseja, pois pode tornar-se realidade".
    Ela nem sabe quem é o De Rose, nunca sequer leu um livro dele, mas vejo uma grande ligação do ensinamento de minha mãe com o dele. E isto me fascina e é fascinante!

    ResponderExcluir
  4. De fato está muito bom o texto, a ideia. mentalizar é fundamental mas tem que agir. E agir em acordo com o que se almeja. Love

    ResponderExcluir

Seu comentário aguarda moderação e será publicado em breve.