30 de janeiro de 2012
A pedra em movimento
28 de janeiro de 2012
Não reclame. Mude!
18 de janeiro de 2012
As árvores e as pedras
17 de janeiro de 2012
Mentalize a coisa certa, do jeito certo...
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Não é otimismo, são números: as coisas estão melhorando!
O apoio da sociedade à recente "faxina" na Esplanada dos Ministérios colocou o tema da ética no topo dos interesses da população.
Porém, "a corrupção no Poder Judiciário é pior do que no Legislativo e no Executivo", avalia Júlio Pompeu, professor de ética e teoria do Estado no Departamento de Direito na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Segundo ele, a corrupção no Legislativo e no Executivo é sazonal, pois o corrupto corre o risco de não se reeleger ou ser cassado. "No Judiciário, a corrupção é vitalícia. Arrancá-la de lá requer um esforço tremendo."
De acordo com a cientista política Argelina Cheibub Figueiredo, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj), "o Judiciário, pelo tipo de carreira que oferece, abrange a elite social, econômica e cultural. E toda elite gosta de ser pouco controlada".
O advogado Alexandre Trancho, presidente da Comissão de Organização do Movimento Ética na Política, da Ordem dos Advogados do Brasil, vê um aspecto positivo na crise do Judiciário e nos escândalos de corrupção e desvios éticos que marcaram o primeiro ano da gestão da presidente Dilma Rousseff. "A percepção geral é de que as coisas estão melhorando no campo da ética".
"De fato está melhorando e vejo tudo numa perspectiva relativamente otimista", analisa Lourdes Sola, pesquisadora do Núcleo de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP). Para ela, está se criando uma intolerância generalizada à corrupção e aos desvios éticos. É necessário agora, segundo a pesquisadora, dar o salto qualitativo, converter a intolerância em ações transformadoras, ou seja: quem não paga imposto vai preso, quem é corrupto vai preso, quem corrompe vai preso. Há, para Lourdes, um hiato entre a intolerância e a ação transformadora. "Esse hiato é a impunidade".
Segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), não está ocorrendo um aumento da corrupção, mas o aumento da denúncia e da rejeição pela sociedade. "Não é o incremento da sujeira. É o começo da limpeza."
Até 2007, o país recuperava apenas 1% do dinheiro desviado por corruptos. Hoje, são 15%. Em 2016, a Advocacia Geral da União pretende recuperar 25% do dinheiro desviado. "Cinco anos atrás não se recuperava nada. A situação, de fato, está melhorando", diz Thiry-Cherques, da FGV.
Reforma política, prisão dos corruptos e dos corruptores, reforma do Judiciário, mobilização social, aumento da recuperação de dinheiro desviado, estabelecimento de metas mensuráveis de gestão, financiamento público de campanhas, ética na política e na gestão do patrimônio público, imprensa livre, todos iguais perante a lei. É grande a lista de requisitos a observar até se chegar a um clima ético superior no país. Os paradigmas de comportamento, segundo Roberto Romano, "só se modificam pela própria dinâmica social e econômica.
Como diz Platão sobre as leis, a criança cresce e o sapato fica pequeno. Com a expansão da sociedade, a ética vai ficando pequena e começa a ser exigida uma evolução".
Fonte: SECOM/PR
15 de janeiro de 2012
Ação efetiva: ligue ou escreva cobrando do político que você elegeu
O transporte público no Brasil é um caos, a saúde pública é temerária. Pagamos altos preços por pedágios, como se já não pagássemos IPVA e Licenciamento, gastamos com grades, janelas, cadeados, câmeras, e nos sentimos inseguros como se vivêssemos constantemente sob a ameaça de uma gerra civil.
Se entrevistarmos qualquer brasileiro, ficará clara a insatisfação, a indignação com a péssima qualidade dos serviços públicos que recebemos, apesar de pagarmos uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Sentimo-nos simplesmente desprotegidos pelo Estado, abandonados, como o cidadão fosse a última das prioridades.
Enquanto isso tudo acontece diariamente nas ruas do país, nossos políticos e gestores públicos aproveitam-se do cargo para se locupletarem, enchendo suas contas bancárias durante o curto período de poder que usufruem. Isso também é motivo de indignação unânime na nossa população. Ninguém aguenta mais tantos escândalos!
Agora façamos uma reflexão: qual o link, o elo de ligação entre essas duas situações por que tem passado a sociedade brasileira? É uma só, bem simples, curta e eficiente: o VOTO.
No sistema democrático, o voto é a ferramenta que cada cidadão tem para escolher aqueles dentre seus pares que irão representá-lo nas esferas políticas que administram a nação. Ou seja, um voto é como uma procuração, uma carta branca com a qual autorizamos alguém para escolher por nós como as coisas vão funcionar, nas áreas de saúde, na educação, no trânsito, na segurança pública.
Bem, voltemos ao link. Fica muito claro na atual política brasileira que, se por um lado o eleitor está indignado com seus políticos, e com o sufoco que passa em sua vida diária, por outro lado esse mesmo eleitor provavelmente não se lembra em quem votou na última eleição, pra vereador e deputados, nem pensar. Talvez até lembre do seu voto pra prefeito, governador ou presidente.
Se nem sequer lembramos de quem escolhemos para nos representar, com que moral podemos reclamar quando eles não deixam as coisas funcionando como achamos que deveriam funcionar? E não venha dizer que os corruptos estão só em Brasília. Eles estão na sua cidade, no seu bairro, na sua rua!
Escolhemos getores incompetentes, corruptos ou inertes, sem pesquisar a vida profissional, o conhecimento técnico, a honestidade e o caráter do cidadão que elegeremos. Depois reclamamos que as coisas não funcionam como gostaríamos.
Óbvio! Seria um desajuste pensar que poderia ser diferente!! Isso quando não escolhemos nossos candidatos por interesses personais, escusos ou desvirtuados.
Mas, além do voto, há ainda um outro link entre a má qualidade do serviço público e a má qualidade da gestão pública: o Controle Social. Esse termo aparentemente burocrático significa, em outras palavras, ficar de olho no que seus eleitos fazem. Não adianta apenas escolher um bom representante, é preciso acompanhá-lo, cobrar o alinhamento com aquilo que ele prometeu durante a campanha, e que convenceu você a escolhê-lo.
Ou seja, o Brasil só começará a evoluir quando tivermos muito mais consciência no voto, e ainda mais consciência do que acontece depois com quem votamos. Não estamos falando de crescer, e sim de evoluir. O país está crescendo, mas continua imaturo. Precisamos cobrar, reclamar, questionar, mas das pessoas certas: dos eleitos.
Se cada cidadão passasse a cobrar tudo o que vê de errado de seu político mais próximo (normalmente vereador e prefeito), isso já mudaria tudo!
Você sabe qual o e-mail do seu candidado, qual o telefone do escritório na sua cidade, no estado, em Brasília? Já escreveu pra ELE reclamando de algo? Já cobrou ou deu uma bronca em uma mancada dele? Que tal experimentar?
Afinal, como disse um famoso ambientalista francês: pense globalmente, aja localmente. E como nos ensina o Comendador DeRose, é pela ação efetiva que alcançaremos o que tantos sonharam e não conseguiram – porque apenas sonharam, mas não agiram.
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5 de janeiro de 2012
Pão seco, lascas de frango e pepino: lo mejor de Argentina?
Mesmo com incontáveis reclamações enviadas às companhias aéreas, parece que a essas só interessa economizar trocados servindo uma porcaria qualquer. Mas sempre pode ser pior: eles ainda se gabam do que servem e sempre tem um dito chef qualquer assinando essas baboseiras.
No post Mais uma gafe nas nuvens (2/10/2011), relatei o desastre que foi a comida de Primeira Classe da TAM, com um cardápio assinado pelos “premiados chefs Sergio e Javier Torres”. Apesar do registro da queixa, jamais recebi retorno da empresa.
Dessa vez, voltando da Patagônia pela Aerolineas Argentinas de Classe Executiva, chegaram ao ridículo de servir um pão com duas lascas grosseiras de frango e duas fatias semitransparentes de pepino. Isso mesmo, pão seco com frango e pepino! Ops, esqueci, tinha uma melequinha só no meio, ali lançada ou “esquecida” durante a produção. Para acompanhar, um saquinho de amendoins salgados, duas balinhas e um alfajor de 5a...
Tirei logo duas fotos como prova do engodo que nos serviram. E como se pode ver, havia uma mensagem quase poética na bela caixa azul que continha tal lixo atômico. Leia e tente não chorar... Rir pode, e muito!
Meus grandes amigos argentinos, tadinhos, devem estar com muita vergonha de ler isso como "o melhor de suas terras”. Abaixo dessa piada consta a assinatura do autor-humorista, obviamente sem identificação (algo como “Martinan”) e na caixa a marca da vergonha: ClubEconomy.
Assim como na TAM, será que esse chef sabe o que está assinando? Ou será que todos creem mesmo estar arrasando em suas criações?
Just in case, acho que vou passar a fazer bhúta shuddhi e upasana sempre nos dias de voos...
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