15 de janeiro de 2012

Ação efetiva: ligue ou escreva cobrando do político que você elegeu

O transporte público no Brasil é um caos, a saúde pública é temerária. Pagamos altos preços por pedágios, como se já não pagássemos IPVA e Licenciamento, gastamos com grades, janelas, cadeados, câmeras, e nos sentimos inseguros como se vivêssemos constantemente sob a ameaça de uma gerra civil.

Se entrevistarmos qualquer brasileiro, ficará clara a insatisfação, a indignação com a péssima qualidade dos serviços públicos que recebemos, apesar de pagarmos uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Sentimo-nos simplesmente desprotegidos pelo Estado, abandonados, como o cidadão fosse a última das prioridades.

Enquanto isso tudo acontece diariamente nas ruas do país, nossos políticos e gestores públicos aproveitam-se do cargo para se locupletarem, enchendo suas contas bancárias durante o curto período de poder que usufruem. Isso também é motivo de indignação unânime na nossa população. Ninguém aguenta mais tantos escândalos!

Agora façamos uma reflexão: qual o link, o elo de ligação entre essas duas situações por que tem passado a sociedade brasileira? É uma só, bem simples, curta e eficiente: o VOTO.

No sistema democrático, o voto é a ferramenta que cada cidadão tem para escolher aqueles dentre seus pares que irão representá-lo nas esferas políticas que administram a nação. Ou seja, um voto é como uma procuração, uma carta branca com a qual autorizamos alguém para escolher por nós como as coisas vão funcionar, nas áreas de saúde, na educação, no trânsito, na segurança pública.

Bem, voltemos ao link. Fica muito claro na atual política brasileira que, se por um lado o eleitor está indignado com seus políticos, e com o sufoco que passa em sua vida diária, por outro lado esse mesmo eleitor provavelmente não se lembra em quem votou na última eleição, pra vereador e deputados, nem pensar. Talvez até lembre do seu voto pra prefeito, governador ou presidente.

Se nem sequer lembramos de quem escolhemos para nos representar, com que moral podemos reclamar quando eles não deixam as coisas funcionando como achamos que deveriam funcionar? E não venha dizer que os corruptos estão só em Brasília. Eles estão na sua cidade, no seu bairro, na sua rua!

Escolhemos getores incompetentes, corruptos ou inertes, sem pesquisar a vida profissional, o conhecimento técnico, a honestidade e o caráter do cidadão que elegeremos. Depois reclamamos que as coisas não funcionam como gostaríamos.

Óbvio! Seria um desajuste pensar que poderia ser diferente!! Isso quando não escolhemos nossos candidatos por interesses personais, escusos ou desvirtuados.

Mas, além do voto, há ainda um outro link entre a má qualidade do serviço público e a má qualidade da gestão pública: o Controle Social. Esse termo aparentemente burocrático significa, em outras palavras, ficar de olho no que seus eleitos fazem. Não adianta apenas escolher um bom representante, é preciso acompanhá-lo, cobrar o alinhamento com aquilo que ele prometeu durante a campanha, e que convenceu você a escolhê-lo.

Ou seja, o Brasil só começará a evoluir quando tivermos muito mais consciência no voto, e ainda mais consciência do que acontece depois com quem votamos. Não estamos falando de crescer, e sim de evoluir. O país está crescendo, mas continua imaturo. Precisamos cobrar, reclamar, questionar, mas das pessoas certas: dos eleitos.

Se cada cidadão passasse a cobrar tudo o que vê de errado de seu político mais próximo (normalmente vereador e prefeito), isso já mudaria tudo!

Você sabe qual o e-mail do seu candidado, qual o telefone do escritório na sua cidade, no estado, em Brasília? Já escreveu pra ELE reclamando de algo? Já cobrou ou deu uma bronca em uma mancada dele? Que tal experimentar?

Afinal, como disse um famoso ambientalista francês: pense globalmente, aja localmente. E como nos ensina o Comendador DeRose, é pela ação efetiva que alcançaremos o que tantos sonharam e não conseguiram – porque apenas sonharam, mas não agiram.

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