30 de janeiro de 2012

A pedra em movimento

A pedra está sempre ali,
Imóvel, imutável, de per si.

Há séculos parece estar
Sempre no mesmo lugar,
Insensível, indissolúvel, inabalável.

Mas está em movimento
Com tamanha sutileza
Que os olhos não o veem
Mas o coração sente.

E se tocar com atenção,
Não do ouvido nem da mão
Mas da própri'alma,
Dá pra perceber o movimento,
Sutil e secular,
De uma pedra viva
A nos observar
Ao longo dos milênios,
Rindo desses seres
De vida tão fugaz.

A sutileza perene está na pedra
Muito mais que em nossa vida
Pois ela está cá e estará
Quando nós já não mais.
.

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