13 de fevereiro de 2011

Com quantas palavras se faz um livro?

A língua portuguesa contém quantidade incerta de palavras. Alguns estudiosos calculam em 320.000 vocábulos, outros chegam a considerar mais de 400.000, incluindo aqueles que há séculos caíram em desuso. Já o Dicionário Houaiss possui cerca de 228.000 verbetes. Por sua vez, pesquisas indicam que uma pessoa com nível de instrução média possui cerca de 1500 palavras em seu vocabulário ativo, aquele utilizado no dia-a-dia. Só isso? Com essa quantidade de conhecimento fica praticamente impossível fazer conexões linguísticas e mesmo neurais suficientes para se elaborar um bom livro, ainda que de tamanho básico.

Por exemplo, a obra Tratado de Yôga (DeRose, Ed. Nobel), o maior compêndio de técnicas da história dessa filosofia, possui cerca de 970 páginas e 180.000 palavras – claro que contadas aqui sem considerar as repetições dos mesmos vocábulos. Mas haja conteúdo para escrever uma obra deste porte! Um livro de “apenas” 130 páginas, em tamanho padrão (16x23cm) costuma ter aproximadamente 30.000 palavras.

O que nos dá mais vocabulário, então, para superar essa enorme barreira? A leitura de qualidade. Tomando contato com novos textos, temas e estilos, ampliamos a quantidade de dados armazenados em nosso HD, que é o cérebro, essa máquina incrível cuja dimensão de habilidades de criação, imaginação e arquivamento na memória ainda hoje, em pleno século XXI, nos é desconhecida. Alguns bons exemplos de literatura prazerosa, nem sempre tão leve, mas muito dinâmica e enriquecedora, são as obras dos grandes autores brasileiros e de língua portuguesa, tais como José Saramago, Machado de Assis, Jorge Amado, DeRose (já aqui bastante recomendado), Rubem Fonseca, Clarice Lispector e tantos outros.

(Trecho do livro Mãos à obra, de Rodrigo De Bona)
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4 comentários:

  1. Muito bom Ro. Ler é mesmo imprescindível para ter bom vocabulário, bom nível cultural e para escrever qualquer coisa de qualidade.
    Gostei muito do seu blog. Vou divulgá-lo no meu :)
    Beijinhos.
    Vivi

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  2. Leandro Luís Rodrigues17 de fevereiro de 2011 às 11:25

    Vamos ler então!

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  3. Olá Rodrigo,

    Ainda não nos conhecemos, mas estou certo de que em um futuro iremos nos conhecer. :)
    Sou graduado da Unidade Centro Cívico a caminho do exame na Federação do Paraná, futuro monitor Ric Poli.

    Li seu livro, Mãos à obra, e gostei bastante. Tive duas idéias que podem acrescentar valor a esse trabalho.
    Uma delas é construir um fluxograma resumido dos passos para publicação, segundo o proposto em seu livro. Creio que há diversos itens que poderiam ser sumarizados em algumas caixas para facilitar a visão geral do ponto em que estamos quanto a publicação.
    Estou com bastante vontade de criar isso, pois creio que irá me ajudar no meu percurso ;). O que você acha? Se gostar, posso me encarregar de fazê-lo. :)

    Outra idéia foi ao ler o parágrafo que você diz a quantidade de vocábulos que o Tratado de Yôga tem. Não estou com o livro agora para informar a página que este parágrafo aparece, mas estou certo de que poderá localizá-lo facilmente. A idéia consiste em contabilizar a quantidade de vocábulos únicos que a obra Tratado de Yôga tem.
    Encontrei um link na internet que ensinam como fazê-lo diretamente no word, mas creio que podem demorar bastante. Eu poderia fazer isso bastante rápido no Linux. Para tanto precisaria do texto do tratado em versão eletrônica.

    Bom, caso seja de interesse poderemos conversar mais próximos. :)

    Saudações cordiais,

    Lauro Valente

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  4. Putz, escrevi o comentário e esqueci que era exatamente nessa passagem. :S hehe

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